sábado, 18 de maio de 2013

Divagações...

Imagem: Google

Ao entrar aqui no blog tomei um susto: Tem mais de um mês que eu não faço uma postagem nova!
O que a falta de tempo faz com a gente! Vai adiando, amanhã eu faço, depois, e quando eu vi, já se passou um tempão. Curioso é a vontade que fica me chamando para vir escrever, um monte de idéias emaranhadas na cabeça que ao se depararem com a tela em branco simplesmente desaparecem, deixando esse vazio e essa sensação horrível de sem saber por onde começar...

O tempo segue célere, e a vida efêmera, segue com ele, indo os dois muito rápidos deixando para trás  os desavisados, aqueles que ousam desafiar a exatidão da vida e as incertezas do tempo.

Tenho andado mais distraída do que o costume, repleta de idéias, esperando que elas aconteçam...perco-me em pensamentos várias vezes ao dia, com mil coisas para fazer e não conseguindo realizar sequer uma pequena parte delas. Com uma vontade louca de por minha alma para fora, e mostrá-la ao mundo, mais ela tem vontade própria e está muito mais recolhida no meu ser do que sempre esteve. Quieta, só, repleta de coisas boas, querendo sim crescer e brilhar mais do que nunca, porém ser saber qual dos caminhos seguir...e são tantos os caminhos! A impressão que eu tenho é que ela sente saudade de onde veio.

Há de se pensar que esse é mais um texto melancólico, repleto de tristezas e amarguras, mas não é. Ao vê-lo crescer e tomar forma sei que ele é um texto repleto de amor, esperanças temperado com uma pontinha de indignação, porque não? Indignar-se é para os mais fortes e puros de coração, aqueles que resguardam suas idéias lá no fundo e na hora certa as colocam para fora sem medo, e repletos de sonhos, ousam sonhar, porque não?

Chove lá fora. Como me disse um amigo um dia: " É a chuva, lavando a terra e a alma dos homens"...Ao som do silêncio, acompanhada pela saudade, eu sigo adiante tentando parar de fazer perguntas e ao mesmo tempo imaginar as suas respostas, parar, sentir deixar o coração simplesmente me contar o que ele sabe, e ele conta, com uma sabedoria única, de quem já viveu muitas vidas, esteve em muitos lugares, e teve sempre que sobreviver e seguir adiante, convivendo sempre com as lembranças de outrora. Na verdade, acho que todos nós de uma maneira ou outra, temos que conviver com as lembranças do passado. Ter saudade daquilo que já viveu, outras vezes não. E um tanto quanto complexo: Sentir falta do que não viveu. Muitos sonhos, muitos planos deixados para trás, uma montanha enorme de sentimentos acumulados e não vividos que poluem a atmosfera em que vivemos simplesmente porque deixamos de fazer aquela faxina dentro de nós mesmos...Deixar o coração falar é deixar para trás tudo aquilo que não me serve mais, até mesmo idéias e sentimentos que de tão velhos e esquecidos já nem nos lembram mais de onde vieram e de que são feitos.

Sim, vale a pena "nós" nos lembrarmos de que somos feitos, para que a gente não se esqueça nunca que somos feitos daquilo que é mais puro e único no mundo que é a vontade de seguir adiante, com a pureza de coração, alma límpida e corajosa, como o orvalho tímido e solitário que nasce a cada amanhecer, e fortes como as ondas do mar que ao se quebrarem na areia fazem de cada recuo um novo ponto de partida.

" A saudade é a nossa alma, dizendo para onde ela quer voltar" 

Rubem Alves

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